segunda-feira, 3 de março de 2008

Por que há tantos apóstolos hoje?




No princípio, era a igualdade. Na vida andarilha, à margem das regras religiosas, os seguidores de Jesus viam a autoridade fluir naturalmente do carisma do Mestre e aquilo era o bastante. Quando “dois ou três” se reuniam em nome dEle, qualquer conflito ou divergência podia ser resolvido por um membro da comunidade, fosse ele homem ou mulher. Como lembra o historiador e teólogo luterano Martin Dreher, em A Igreja no Império Romano, “Jesus não é patriarcal, e as tradições evangélicas também não”. Naquela atividade missionária que encarnava a esperança da transformação do mundo, onde eram eliminadas as diferenças raciais, sociais e de gênero – não havia dominadores nem dominados –, Dreher encontra a base para a aceitação da mulher “como discípula, apóstola, teóloga e presbítera”. Só depois, o apóstolo Paulo, tentando adaptar a fé cristã ao patriarcado vigente na cultura greco-romana, sugeriu que a mulher entrasse em submissão, recebendo como compensação o amor do marido. Estava lançado o “patriarcado do amor” e o homem tornou-se a primeira autoridade religiosa do cristianismo.

Os sistemas de governo religioso foram se sofisticando com a institucionalização da igreja. Surgiram as autoridades eclesiásticas, numa hierarquização crescente que desaguou no episcopado monárquico por volta do ano 140, ou seja, a liderança da comunidade centrada em uma só pessoa, o bispo.

Policarpo de Esmirna, Clemente de Roma, Inácio de Antioquia e Irineu de Lyon foram alguns dos que exerceram o episcopado monárquico que coincidiu com a exclusão da mulher dos ministérios da igreja. Explica-se: autores do segundo século, como Tertuliano e Orígenes, passaram a atacar as mulheres que pregavam e batizavam na tradição da apóstola Tecla, infamando-as como “prostitutas”. Em menos de dois séculos de igreja, a mulher que foi apóstola, profetisa e diaconisa na comunidade primitiva, tornou-se “a porta para o pecado” e foi despojada de sua integralidade feminina, só conseguindo permanecer na igreja como monja.

O episcopado monárquico radicalizou-se no papado até que Martinho Lutero inaugurasse a Reforma Protestante no século 16. Retornaram, então, os “pastores e mestres” que fechavam a lista de dons ministeriais do capítulo 4 de Efésios e, mais tarde, os “evangelistas”, como Dwight Moody e Charles Finney, nos Estados Unidos do século 19.

O título de bispo, que permaneceu muito ativo entre os católicos romanos, tornou-se raro na Reforma. Na passagem para o século 20, apenas a Igreja Anglicana e sua dissidente, a Metodista, incorporavam o bispado, enquanto que a Batista e a Presbiteriana jamais viriam a adotá-lo.

Foi na década de 70 que os evangélicos despertaram para o título epískopo, no momento em que a igreja católica atravessava sua “era de ouro” do bispado com Hélder Câmara, Pedro Casaldáliga, Paulo Evaristo Arns e José Maria Pires, o Dom Pelé, que se notabilizaram pela defesa dos pobres e o combate à ditadura. O episcopado evangélico, no entanto, distanciou-se da ideologia dos bispos católicos, assim como de suas regras, onde o bispo pode ser promovido a cardeal, por exemplo.

PENTECOSTAIS NA VANGUARDA

Não coube a uma igreja histórica, mas a uma do movimento pentecostal – a Nova Vida – inaugurar a adoção do bispado no ambiente protestante moderno, o que acabou virando quase uma mania. “Adotamos o sistema episcopal por razões internas. Sendo o pastor Roberto Mc Allister, na época, membro do diálogo entre católicos e pentecostais que acontecia em Roma, precisávamos de uma identificação mais específica. Eles queriam saber a quem se reportar para falar de assuntos de interesse comum. Depois de muitos estudos, concluímos que o termo ‘bispo’, além de ser bíblico, indicava perfeitamente o que desejávamos: um líder de pastores. O bispo, em nosso contexto, é o pastor dos pastores. Assim, em 1975, houve a ordenação do pastor Roberto como bispo primaz da Igreja de Nova Vida”, explica Tito Oscar, o mais antigo bispo em atividade na igreja evangélica brasileira e que preside a Nova Vida em São Paulo, mantendo o governo episcopal com linha doutrinária pentecostal.

Tito Oscar lamenta que o cargo de bispo tenha se banalizado com o tempo: “Infelizmente, o título passou a ser usado por outros ministérios sem que eles entendessem a sua razão. Virou lugar-comum. Para nós, entretanto, tem um significado especial”. Depois disso, outro discípulo de Mc Allister, Edir Macedo, tornou-se o primeiro bispo da Igreja Universal do Reino de Deus, que hoje conta com o maior quadro de bispos da igreja evangélica: em torno de 200, segundo fontes extra-oficiais. A Universal criou também o cargo de bispo auxiliar, um escalão intermediário entre o pastor e o bispo pleno.

Manoel Ferreira, único bispo da Assembléia de Deus, condena os exageros e explica que, conceitualmente, “bispo é aquele que preside sobre os outros”. Convidado para ocupar este cargo na igreja evangélica da Rússia – onde a AD está presente desde 1991, agora com 97 igrejas e dois seminários –, acabou tendo o título homologado no Brasil pelo fato de já presidir o ministério de Madureira, ainda que o bispado não exista na hierarquia da denominação.

Na Igreja da Graça – outro ministério em escala internacional –, o líder máximo R.R. Soares, por sua vez, dispensa o título de bispo e prefere ser chamado de “missionário”. A grande novidade, no entanto, foi a ordenação de bispas, a partir da década de 90, com a inclusão de mulheres nos altos cargos da igreja (ver quadro). Procurada por Enfoque para falar sobre essa questão, a primeira bispa evangélica brasileira, Sônia Hernandez, não respondeu às questões enviadas.

NOVOS APÓSTOLOS

Se os evangélicos parecem ter se acostumado com os bispos, agora é a vez dos apóstolos se multiplicarem nos púlpitos e nos meios de comunicação. Em Efésios 2, está registrado que a família de Deus é edificada sobre “o fundamento dos apóstolos e profetas”, dons que encabeçam a lista dos serviços ministeriais citados na mesma epístola. Se para alguns, como o teólogo batista Carlos Torres, isto significa que “os ensinos doutrinários dos apóstolos estão ligados ao momento de fundação da igreja” e que “apóstolos são somente aqueles que estiveram com Jesus (incluindo Paulo)”, para outros, como Miguel Ângelo Ferreira, líder do Ministério Apostólico da Graça de Deus, “o apóstolo continua sendo a função mais importante da vida da igreja”. Para ele, que acumula este ministério com o cargo de bispo primaz da Igreja Cristo Vive, no Rio de Janeiro, “assim como foi necessário ungir no passado apóstolos e profetas, Deus o faz de novo por uma urgente necessidade de expansão do Reino, trazendo revelações às nações, porque os tempos do fim se aproximam”.

Ordenado apóstolo em 1991 e confirmado na Califórnia, cinco anos depois, por Billy Hammond, na Convenção Mundial de Apóstolos e Profetas às Nações, Miguel Ângelo afirma ter sido o primeiro brasileiro a “ousar vestir o manto apostólico”, uma vez que, até então, só havia bispos, pastores ou evangelistas. “O Senhor me disse: ‘Eu te chamei para ser apóstolo. Não esconda esse nome’. A partir dali, outros servos de Deus perceberam que seus ministérios iam além da igreja local. Acredito que hoje existam cerca de oito apóstolos no meio evangélico brasileiro”, afirma, sem citar nomes. Também procurado pela Enfoque, o apóstolo paulistano Estevam Hernandez não deu retorno às perguntas para a reportagem.

Miguel Ângelo, que exibe 39 diplomas de nível superior em seu currículo publicado na Internet e iniciou seu ministério também com o canadense Mc Allister, na Nova Vida, acredita que “a última reforma protestante” está em andamento desde 1980 e, nela, “o Espírito Santo está atuando soberanamente, renovando os dons ministeriais”. O apóstolo brasileiro nascido em Angola esclarece que o termo significa “enviado” e afirma crer que o atual movimento apostólico ajudará a igreja cristã, “tão desprezada pelas sociedades seculares”, a voltar à condição de “consciência dos governos”. Na convenção internacional da qual faz parte, ele tem a incumbência de ser o apóstolo para as igrejas de língua portuguesa. “Sou a voz de Deus em português para o mundo. Tenho coberto com o manto apostólico diversos ministérios pastorais na África e em outros continentes”, afirma, esbanjando convicção.

Há décadas, Miguel Ângelo cumpre uma agenda pastoral intensa nos meios de comunicação, dirige uma igreja com 56 mil membros na zona oeste do Rio, e administra um colegiado de 11 bispos. Conta com a colaboração da esposa, Rosanna – fisioterapeuta e também bispa primaz –, e do filho Miguel Ângelo Júnior, bispo nacional. “Minha igreja não é uma tribo, é um reino”, comemora, revelando que pretende ordenar 25 bispos até atingir a escala intercontinental.

Todo esse entusiasmo não comove o pastor Carlos Torres, para quem a preocupação com títulos e cargos nada tem a ver com espiritualidade cristã. Para ele, que é teólogo batista, este movimento está mais ligado “aos ditames da sociedade ocidental” do que à genuína liderança inspirada por Jesus. “Nesta adaptação do Evangelho à agenda neoliberal, o que vemos é um equívoco do que seja liderança cristã. Estão hierarquizando os ministérios para ficar claro quem manda em quem. Esses títulos, hoje, nada têm a ver com ministérios espirituais. É pura busca de afirmação humana e de poder”, conclui Torres.



O QUE PENSAM OS MEMBROS DE IGREJAS

“As igrejas estão se perdendo em títulos. Estão dando mais valor a isso do que ao ‘Ide’ de Jesus”. (Vera Lúcia Vianna de Oliveira – seminarista da Assembléia de Deus). “Acredito que títulos como os de apóstolo e bispo tenham um significado espiritual, conforme o entendimento bíblico de cada ministério”. (Fátima Almeida – Igreja Presbiteriana). “Só não entendo por que ser chamado de pastor já não basta, se até Jesus se definiu como um pastor”. (Daniel Alves Macedo – Bola de Neve Church). “Existe um movimento em torno de apóstolos e bispos que percebo ser mais de homens do que de Deus. Uma igreja bem estruturada tem o seu valor, mas há um exagero na distribuição de cargos e títulos, quando as igrejas deveriam estar mais ocupadas em alcançar os perdidos”. (Sônia Bastos – Igreja Pentecostal de Nova Vida). “Entendo que nas cartas de Paulo as funções na igreja não têm conotação de hierarquia ou poder. Porém, se a comunidade reconhece em algum líder uma autoridade superior, não vejo problema. A dificuldade surge quando alguém se autodenomina bispo ou apóstolo sem que os irmãos e demais ministros reconheçam como legítima tal autoridade”. (Ricardo Farias – Igreja Batista). “Isso não é bom para a igreja evangélica. Títulos em demasia fomentam política nas igrejas e produzem brigas de poder, até com interesses financeiros. Podem transformar servos de Deus em servos da vaidade da noite para o dia”. (Eliane Marinho – Ministério Resgatando Vidas).


BISPA EVANGÉLICA NO NORDESTE

Dar voz às mulheres, empossando lideranças femininas, fez bem à igreja evangélica brasileira, tornando-a mais parecida com Jesus. Das profetisas pentecostais obrigadas a atuar na penumbra durante os anos 70 e 80, até as bispas de hoje, foi um longo caminho de conquistas e quebra de preconceitos. Marisa Coutinho é a única mulher entre os oito bispos da Igreja Metodista. Pastora desde 1983 (uma das primeiras ordenadas no Brasil), ela participa há quatro anos da equipe do bispo Paulo Lockman. Responsável pelas igrejas do Nordeste, bispa Marisa se desdobra entre nove estados, da Bahia ao Maranhão, esbanjando cuidados episcopais e energia aos 45 anos: “Tenho muita alegria em dizer a minha idade. Vejo nisto um milagre de Deus a meu favor”. Estabelecida no Recife, mas quase sempre em viagem, ela cuida da orientação doutrinária, supervisiona atividades pastorais e educacionais, e preside as reuniões regionais que decidem os rumos da igreja. “Isto implica em muito deslocamento. A tarefa é complexa e de alta exigência, mas o Senhor cuida de nós, bispos, com muita graça e carinho”, afirma. Atuando na região mais carente do país, bispa Marisa ainda encontra tempo para se dedicar à missão social da igreja. Ela supervisiona as parcerias com os órgãos governamentais de assistência, assim como os projetos de ação social nos estados, entre estes o de dessalinização no agreste pernambucano, que atua vinculado à construção de casas e à captação de água de chuva no combate à seca do sertão. “A preocupação com a justiça social e a cidadania é grande”, afirma a bispa metodista. “Ainda que a nossa visão teológica seja “querigmática”, ou seja, voltada para a pregação da Palavra de Deus, as igrejas metodistas no Nordeste têm sido trincheiras no atendimento às necessidades imediatas dos mais carentes”. Ela considera que a ordenação feminina ainda é uma questão delicada e complexa no meio evangélico. “Mas, para nós, tanto a ordenação quanto o episcopado feminino são bênçãos de Deus. Criadas à imagem e semelhança de Deus, recebemos do Pai a mesma missão que foi dada aos homens. É uma pena que ainda existam denominações que vejam o ministério feminino como abominação ao Senhor”, conclui a bispa metodista.

domingo, 2 de março de 2008

Ser um vencedor sem desanimo.


Hoje aqui vou dar um de auto-ajuda, dar algumas palavras a alguns irmãos que visitam meu blog e me pedem alguma palavra por e-mail.

Vou citar uma grande mulher na Biblia, Marcos 5:25-34.

" Certa mulher que havia doze anos, tinha um fluxo de sangue, que tinha uma imoragia constante.E que havia padecido muito com muitos médicos, e despendido tudo quanto tinha, nada lhe aproveitando isso, antes indo a pior.uvindo falar de Jesus, veio por detrás, entre a multidão, e tocou na sua veste.
Porque dizia: Se tão-somente tocar nas suas vestes, sararei.
E logo se lhe secou a fonte do seu sangue; e sentiu no seu corpo estar já curada daquele mal.E logo Jesus, conhecendo que a virtude de si mesmo saíra, voltou-se para a multidão, e disse: Quem tocou nas minhas vestes?
E disseram-lhe os seus discípulos: Vês que a multidão te aperta, e dizes: Quem me tocou?
E ele olhava em redor, para ver a que isto fizera.
Então a mulher, que sabia o que lhe tinha acontecido, temendo e tremendo, aproximou-se, e prostrou-se diante dele, e disse-lhe toda a verdade.ele lhe disse: Filha, a tua fé te salvou; vai em paz, e sê curada deste teu mal."

Essa mulher, teve uma coragem incrivel... ela teve que correr um risco enorme..por exemplo sua propria fraqueza, diz a palavra do senhor que ela tinha uma Enfermidade constante.Imaginemos uma mulher com o mesmo problema que ela tem por 12 anos seguindos.. isso acaba com qualquer mulher, vida emocional , sentimental.

Todo ser humano tem suas fraquezas, pode ser o Homen mais forte do mundo, ele é limitado a tempo, espaço e circunstancia. Por exemplo ela mesmo, ela tinha uma enfermidade, as vezes voce não tem problema com enfermidade , mais tem problemas emocionais , vida pessoal. Esta ai um desanimo, fraqueza.Todos nós tempos fraquezas, as novas fraquezas são um obstaculos na nossa vida e temos que aprender a supera-los. Nós temos fraquezas.Todos somos limitados a tempo espaço e circunstancia.

Um outro obstaculo seria a descriminação daquela época , na lei judaica uma mulher com
emorragia constante não podia viver no convivio social, ela tinha que viver afastada do circulo social. Ela tinha essa emorragia constante, ela tinha que ficar afastada.

Querido, se voce deixar o preconceito dominar sua vida, voce não vive. Se voce permitir o preconceito comer voce, voce tera:

1º Complexo de Inferioridade;
2º Baixo Estima;
3º Inibição de Potencial Humano;
4 Nao Investimento;

Não deixe essas coisas rotular voce.;

Se voce deixar essas coisas acontecerem com voce, voce tera complexo de inferioridade voce vai se sentir nada perto dos outros, voce vai sentir com estima lá em baixo, não ira mais investir em voce, sera um zé mané afastado de tudo e todos, como voce conquistara vitoria na vida com preconceito?

Isso aquela mulher, teve que passar por isso, por esse preconceito, porque ela tinha problemas que naquelas epoca não era bem vindo a sociedade. Essa mulher aturou 12 anos aquela enfermidade.

Tem irmãos por ai que, ficam com luta por 2 meses e ja quer larga de tudo, falando que Deus esqueceu de voce, não faça isso meu irmão. Jesus esta contigo. Essa mulher tinha sofrido e dor, sofrimento e dor. Isso é uma coisa que ninguem gosta, ninguem gosta de sofrer, e nem ter dor, e voce quer entregar os pontos por causa de sofrimento e dor por coisas momentanias?

Diz o texto no versiculo 26 , tinha gasto tudo com sua enfermidade , nada lhe aproveitando, antes ido a pior.Pioro as coisas pra essa mulher.

As vezes voce ve que o tempo passa, buraco que voce esta aumenta, a coisa esta pior irmão, com isso gera medo, insegurança, parelizia, incomodação. Incomodação pelo fato de parar com tudo e ficar onde esta sem motivivação de avanço.

Essa mulher tinha mais obstaculos, por exemplo entre ela e seu objetivo, lembre que quando jesus estava lá tinha uma multidão antras dele. Esse era o objetivo chegar perto de Jesus.

As vezes voce tem essa dificuldade, de chegar perto do objetivo que voce quer, entre voce e seu objetivo pode ser geografica, temporal, posicional, social. O objetivo que voce quer atingir, as vezes ta muito distante de voce... As vezes a posição que voce quer chegar ta longe pra caramba.

Essa mulher ainda tem que enfrentar a MULTIDÃO. Aqui no texto mostra que essa multidão estava andando. Essa mulher estava fraca por causa de sua enfermidade. Na sua vida tem multidões impedindo voce de chegar em sua vida? Todos temos obstaculos, a maioria desses obstaculos enfrentamos na trajetória de nossa vida.

Essa mulher mostra o segredo como reagir contra esses obstaculos. as vezes o seu obstaculo não é exatamente esse , as vezes é algum inoportuno. mais saiba que voce ira vencer.

veja bem o que essa mulher fez :

1º ESSA MULHER POSSUIA UM SONHO, OBJETIVO, UM IDEAL,EU QUERO SER CURADA, aprenda isso, o que presete a ação é um sonho, um pensamento e a visão isso vem antes da ação, todo Homen de ação tem que ser sonhador, pensar, e visualizar seu sonho.

Quem tem Sonhos, ideais e objetivos, pode ser que voce não chega até seu sonho mais concerteza voce chegara em algum lugar, porque quem não tem isso não chega a lugar algum, mais quem tem pode ser que não chegue ao sonho mais chega a algum lugar.

Voce tem que ter sonho, pensar no seu sonho, visualizar em sua mente. Existe Memoria e imaginação, Memoria pra lembrar , imaginação pra projetar seu futuro, só Homen faz isso, nenhum outro animal é capaz de fazer isso.

Uma vez ouvi um irmão da minha igreja, falar sobre uma experiencia que ele ouviu falar, de um rato que colocaram dentro de uma bacia de agua, o rato morreu em 3minutos, depois pegaram outra bacia de agua, colocaram uma luz sobre ela e colocaram outro rato. Esse durou 72 horas lutadam para não morrer, mas acabou morrendo. Conclusão:
O Rato que morreu em 3 minutos não tinha visão pra nada, o outro tinha uma esperança de sair daquele local. Muitas das vezes damos uma de rato sem visão, é isso que o inimigo quer , te cegar. Se um rato de laboratorio, luta para sobreviver procurando uma saida, imagine voce, que é feito a imagem e semelhança de Deus oq ue não pode fazer.

Essa mulher se via curada, ela tinha um sonho eu vou ser curada, na imagem dela ela via uma mulher perfeita sem doença, aqui esta primeiro combustivel para que nenhum obstaculo pare voce, os seus sonhos, seus objetivos e seus ideais.

Essa mulher tinha uma coisa chamada, vontade desejo, o desejo supera o desanimo, o desejo é uma força motivadora para motivar voce.

As vezes não entendo, porque muitos amados por ai, se veem humilhados, ferrados, colocam coisas sem noção no meio da palavra de Deus.
Porque sera que um impio tem vontade de vencer na vida, tem determinação, vontade?

Voce tem que ser determinado, DECRETAR QUE VOCE IRA CONQUISTAR, QUE VOCE ESTA DETERMINADO A CONQUISTAR SEU SONHO E SEUS OBJETIVOS E IDEAIS. DECIDA FIRMIMENTE, PODE LEVANATAR MURALHA QUE FOR, PODE LEVANATAR OBSTACULO QUE FOR, EU DECIDI CONQUISTAR ISSO EM NOME DE JESUS.

Essa mulher decidiu, essa mulher tinha uma coisa chamada motivação, a motivação supera a crese e o desanimo.

Essa mulher chegando perto da multidão, tentou tocar Jesus e conseguindo conquistou a cura, Jesus PERGUNTANDO quem me tocou? , quem me tocou? , ela disse com medo toda a verdade então jesus disse como no versiculo 34 "ele lhe disse: Filha, a tua fé te salvou; vai em paz, e sê curada deste teu mal"

Amados, o que venho lher falar, é para nunca desistir de seus objetivos e ideais, sempre lembre=se que Jesus esta contigo que ele te ajudara, FAÇA O POSSIVEL QUE ELE FARA O IMPOSSIVEL EM SUA VIDA.

Significado da Teologia na Igreja

Não é minha intenção mostrar aqui o objetivo da teologia na igreja.
Nem tão pouco explicar o significado da teologia.
Gostaria de mostrar que a teologia é útil na igreja e que a igreja sem a teologia é uma coisa e com a teologia é outra.
Se eu conseguir explicar isto será muito útil para nos.

A teologia hoje ela esta em todas as discussões ou pelo mesno quase todos, debate sobre teologia são cada vez mais comuns. Nos círculos acadêmicos ou nos domínios públicos, se falam em teologia, se faz teologia, se discute teologia.

Não é tarefa fácil delimitar os objetivos da teologia. Mas de antemão, pode-se dizer que esses objetivos são fixados por quem faz e estudas teologia. Em geral, essa disciplina requer conhecimentos de outras áreas como antropologia, sociologia, historia,psicologia,e filosofia. Fontes ELISAS.R. livro o que é teologia.

ELISA RODRIGUÊS: TEM UMA AREA TEOLOGICA, DENTRO DA CIÊNCIA DA RELIGIÃO, ELA USA A CIÊNCIA DA RELIGIÃO COMO UMA FERRAMENTA PARA ABORDAR A FENOMENOLOGIA, DA RELIGIÃO QUE VEM, CRESCENDO MUITO, A TEOLOGIA ELA TEM COMO UM DOS PIVOS, CENTRAIS, PARA RESPALDAR, OS ACONTECIMENTOS DE MOVIMENTO DO DIA-DIA.

As intenções de cada estudante e pesquisadores são muito diferentes.
A aqueles que se prestam ao estudo teológicos por convicção religiosas- vocação –outros pela a curiosidade em relação ao sagrado; ainda outros pela a tentativa de compreender a si mesmo a a existência humana.

Hora as coisas relacionadas ao sagrado não são tão facilmente compreensível ao humano. Tradicionalmente o conceito de sagrado aponta para o intocável, isto é o transcendente, inalcançável humanamente.

Para compreendelo a DEUS e preciso ser um humano espiritual pois as coisas de DEUS so se entende espiritualmente. No sentido de conhecer a DEUS a teologia é uma ferramenta ajudadora indispensável, assim como a doutrina.

Vamos ver uma realidade da bíblia ,sobre teologia e doutrina, relaciona-se.
A teologia é uma construção racional,lógica, que parte de dois princípios: O principio edificador, que é a revelação, a palavra de DEUS.E o principio hermenêutico, instrumental,que fornece equipamento técnico para a analise do texto escrituristico.
A teologia serve assim a partir deste dois princípios , um divino e outro humano,atravez deles serve para contextualizar a palavra de DEUS e responder aos desafios do tempo presente, armando e fortalecendo a igreja.

Já a doutrina é fundamento bíblico que da direção a nossa fé e coloca em ordem. Não tem base nos arrazoados de nenhum teólogo, mas na revelação. Nesse sentido a teologia e doutrina é diferente, e nós devemos entender isso.

Em segundo lugar, devemos saber que quando o infinito cruza com o finito surgem questões impossíveis de serem respondidas a partir de nossa perspectiva finitas.
Fontes, pr JORGE PINHEIRO. JORGE PINHEIRO: TEM UMA COLOCAÇÃO, COMO UM PENSADOR CRISTÃO, ANALITICO, DA CIÊNCIA DA RELIGIÃO, COM UMA ESPESIALIZAÇÃO DENTRO DA POLITICA BRASILEIRA. TEM SIDO UM REFERENCIAL PARA ALGUNS ASSUNTOS ABORDADOS, DENTRO DA CIÊNCIA DA RELIGIÃO E PARTIDARIA POLITICA. A CIÊNCIA DA RELIGIÃO PARA JORGE PINHEIRO, É UMA FERRAMENTA DENTRO DA TEOLOGIA A QUAL USA PARA AVALIAÇÃO
Meus irmãos. Paulo, falam dos desígnios de satanás ( 2 cor.2.11) la ele indica as idéias de que ele tem metas definidas, estratégias elaboradas, um programas de ação com variedades de técnicas e opções a serem aplicadas conformem as circunstancias.Ele emprega toda as suas energia, (2 ts 2.9 ) toda as suas forças para realizar os seus propósitos.
Em um comentário do Dr. LIOYD-JONES. LOYDY JONES: TEOLOGO ANGLICANO, VOLTADO PARA UMA TEOLOGIA MAIS RELEVANTE A REFORMA PROTESTANTE. AREA: TEOLOGO, ARMINIANO
DIFUSÃO: TEOLOGIA CONSERVADORA.

Ele dis que o ministro do evangelho é um homem que esta sempre lutando em duas frentes. Primeiro ele tem que incitar as pessoas a se interessarem por doutrina e pela a teologia , toda via não vai demorar muito antes dele perceber que terá de abrir uma segunda frente e dizer as pessoas que não é suficiente interessar-se somente por doutrina e teologia, que você corre o perigo de tornar um mero intelectualista ortodoxo e de ir ficando negligente quanto a sua vida espiritual e quanto a vida da igreja.

O interesse na verdade so intelectualmente não trás nem um sentido para a nossa vida espiritual. A pessoas interessadas em teologias são poucos assim mesmo os interessados, ainda tem aqueles que só quer conhecimentos.
Portanto insistimos, sem a aliança constante e vitalizadora da teologia, e da vida cristã, fundamentada na palavra, os estudante de teologia certamente cairão na aridez teológica e espiritual. Não nos iludamos, a sabedoria fora da palavra, cedo ou tarde mostrara uma área devastada e humanamente irrecuperável. Uma teologia sem o Espírito que fala somente através da palavra só conduzira a simples reflexões.

Se a teologia pretendesse reivindicar para si a condição de palavra de DEUS, deixaria de ser teologia, para ser revelação de DEUS ao ser humano.

Da mesma forma, se ela fosse olhada apenas com uma construção humana, perderia a dimensão do eterno, do revelado; tornar se ia apenas a mais uma fabula humana na procura de credibilidade. Que por sinal encontrariam sempre ouvidos atentos: ( ver 2 tim 4.3,4 ).
No entanto na genuína teologia encontramos a revelação de DEUS e a sua interpretação pelo o ser humano-obviamente passível de erros-, que busca, pelo o Espírito, a compreensão do que foi revelado para a sua reflexão, ensino e pratica. Ela não é necessariamente verdadeira, entretanto, faz parte da sua essência a busca da verdade, do conhecimento tal qual nos foi dado nas escrituras. Desse modo a teologia deve ser a expressão da mente e do coração iluminados por DEUS na compreensão e verbalização das escrituras.
O grande reverendo, PAUL TILICH. Caracteriza bem a questão da teologia , ao falar da sua tarefa. PAULL TILLIC: É UM TEOLOGO NEO-ORTODOXO, COM VARIEDADES DE BASES TEOLOGICAS, TILLIC NÃO ERA SÓ UM TEOLOGO MAIS FOI TAMBÉM UM GRANDE PREGADOR , EXPOSITOR DE RELEVANTES AREAS TEOLOGICAS, CHEGANDO A SER UM GRANDE ESCRITOR TAMBÉM SUA ATUAÇÃO TEOLOGIA PRATICA.

Dizia ele que atarefa da teologia é intervenção, intervenção entre o critério eterno da verdade manifesto na figura de JESUS, O CRISTO, e as experiências mutáveis dos indivíduos, suas variadas questões e suas categorias de percepção da realidade. Quando se rejeita a tarefa mediadora de teologia, rejeita-se a própria teologia; pois o termo teologia pressupõe, em si uma intervenção, a saber, entre o mistério, que é theos, e a compreensão que é logos.
A teologia é uma reflexão interpretativa e sistematizada da palavra de DEUS; a sua fidedignidade estará sempre no mesmo nível da sua fidelidade á escritura. A relevância da nossa formulação não dependera de sua beleza ou popularidade ou significado para o homem moderno, mas sim na sua conformação as escrituras. O mérito de toda a teologia esta no seu apego incondicional e irrestrito a revelação; a melhor interpretação é a que expressa o sentido do texto a luz de toda a escritura. Não á nada mais edificante e pratico do que toda a verdade de DEUS.

O valor da teologia estará sempre subordinado a sua fidelidade bíblica. Por isso é que reafirmamos: A teologia ou é bíblica ou na é teologia: Não julgamos a bíblia,antes, é ela que deve julgar a veracidade do nosso sistema: A palavra de DEUS é o fogo depurador da genuína teologia. A nossa doutrina estar de pé ou cairá a medida que for ou não bíblica. A vivacidade da teologia esta em sua preocupação em ser fiel as escrituras.

Toda genuína teologia cristã é necessariamente teologia Bíblica porque ela só parte a partir do principio da revelação geral das escrituras. As escrituras constitui o único material com o qual a ciência teológica pode tratar.
A teologia é o estudo da revelação pessoal de DEUS conforme registrada nas escrituras sagradas. O tema e o conteúdo da teologia é a revelação de DEUS. Dessa concepção se entende que a teologia não é gerada pelo o esforço de nossa observação de DEUS, mas é o resultado da revelação soberana e pessoal de DEUS. Por isso como temos insistido a teologia sempre será o efeito da ação reveladora, inspiradora e iluminadora de DEUS através do Espírito. A teologia nunca é a causa primeira; sempre é o efeito da ação primeira de DEUS em revelar-se. DEUS se revela e se interpreta através do Espírito, e é somente através dele que poderemos ter um genuíno conhecimento de DEUS.
A teologia sempre é relativa: Relativa a revelação de DEUS. DEUS precede e o homem acompanha. Esse ato de acompanhar, esse serviço, são pensamentos humanos concernentes ao conhecimento de DEUS.

O teólogo é aquele que procura sistematizar e transmitir a palavra de DEUS (papel ativo ) e, ao mesmo tempo, é aquele que recebe (papel passivo ). O seu esforço caracterizar-se-á sempre por uma conexão coerente entre o ouvir e o falar, conforme o registro espirado das escrituras. Esse ouvir estar sempre conectado aos recursos que DEUS nos tem concedido para interpretação de sua revelação; e o falar estará comprometido com os oráculos de DEUS (1 pe 4. 11 ). Portanto o fim de teólogo não pode ser deleitar ouvido, senão confirmar as consciências ensinando a verdade e o que é certo e proveitoso. Por isso, o fim da teologia não pode ser simplesmente dizer coisas agradável aos homens, mais sim ensinar e proclamar toda a vontade de DEUS revelada, conforme nos foi dado a conhecer. Reconhecemos nessa formulação e proclamação o aspecto divino e humano da teologia. Tendo a teologia implicações em nossas compreensões de mundo e postura diante de DEUS e dos homens.

Para compreensão da natureza da teologia, observar a distinção que a entre ela e algumas outras disciplinas semelhante.
A TEOLOGIA E RELIGIÃO.

A teologia se relaciona com a religião, mas dela se distingue, tal com a botânica esta relaciona da com a vida das plantas mas a é distinta dela. A teologia estuda a verdade que na religião o homem procura viver e expressar em atitudes e ações. A teologia surge da necessidade de explicar o que se crê na religião, é inevitável e necessário para a vida humana.

TEOLOGIA E APOLOGETICA.
A apologética significa um discurso sistemático e argumentativo na defesa da origem e da autoridade da fé cristã. A apologética tem como propósito justificar a religião cristã diante das idéias e provar suas veracidade. O propósito da teologia é outro: Conhecer e expor o conteúdo e o significado da fé cristã, para fins práticos.


TEOLOGIA E FILOSOFIA DA RELIGIÃO.

A filosofia da religião investiga a natureza e os fundamentos das crença religiosas. Trata de problemas tais como a origem, a natureza e a função da religião na vida do homem. Investiga a verdade eo valor da interpretação religiosa no mundo. Quanto a teologia, a sua maior consideração é com o aspecto pratico da religião na vida, vida que busca interpreta o cristianismo mais em minúcias.

TEOLOGIA E ÉTICA CRISTÃ.
A ética cristã investiga as obrigações morais do homem luz da revelação bíblica. Ela expõe o significado do cristianismo para a vida moral do homem. Na teologia muitas vezes observamos o efeito ético de uma doutrina, mas este não é o único objetivo, e nem sempre o principal interesse imediato ao considerar-se uma doutrina.


Vamos ver também algumas razões da importância da teologia.

A TEOLOGIA SATISFAS A MANTE HUMANA.
É da natureza da mente humana querer raciocinar e entender aquilo que se crê ou se faz. Se a teologia é sistematização dos princípios, das doutrinas das verdades básicas da religião que professamos, é indispensável que tenhamos um estudo técnico e teórico daquilo que aceitamos e reputamos como sendo do absoluto valor para a existência. Não podemos separar ao aspecto pratico da vida cristã dos aspectos teóricos.

A TEOLOGIA AJUDA NA FORMAÇÃO DO CARATER.

As verdades incorporadas ao nosso conhecimento afetam o nosso caráter. O conhecimento de DEUS e das relações entre DEUS e todas as coisas é um fator de primeira grandeza na formação do caráter do crente. O desenvolvimento da vida do cristão depende do conhecimento da verdade de DEUS. (cf. 2 pe 1.2-8 ).


A TEOLOGIA SERVE PARA PUREZA DO CRISTIANISMO.

Na sua caminhada histórica, a doutrina cristã esta sujeita a ataque e contaminações de superstições, imoralidade, corrente de pensamento filosóficos, científicos e religiosos.
Uma teologia bem fundamentada na bíblia é necessária para combater esses ataques e preservar a pureza da verdade cristã. O ministro de DEUS tem o dever de denunciar os falsos ensinos e defender a verdade ( 1.tim. 1.3; 3.15; hb 13.9;9.10 ).


Muitas vezes tem se negado a importância do estudo da doutrina cristã ou da teologia, alegando-se que o que importam é a vida com DEUS, a experiência ou a fé. Esta é uma posição equivocado cristianismo. Algumas possíveis razões para essa negação da importância da teologia são.

1.Uma destaque exagerado na doutrina em contra posição ao cuidado com o caráter cristão.


2.O dogmatismo sobre vários aspecto da religião, resultando daí atritos e rejeição, confusão doutrinaria e desinteresse pela a doutrina e por questão especulativas, e preferindo-se 0 aspecto pratico da vida cristã.

3.A falta de conhecimento do que seja teologia ou doutrina, e seus objetivos e efeito na vida do crente.


TODA A TEOLOGIA TEM QUE TER UMA DEFINIÇÃO BEM CENTRALIZADA NO MAIOR PARADOXO, E DENTRO DA MAIOR ORTODAXIA, QUE É A BIBLIA SAGRADA.

Ele diz. Que a teologia tem varias formalidades. Mas que essas formalidade todas, tem uma só interpretação, ABIBLIA, a teologia hoje vem sofrendo vários tipo de variações dentro de sua questão de interpretação.O termo de teologia só é aceito quando ela é interpretada ou construída, assim como um sermão, ele tem que ser construído e feito, e quem o constrói tem que saber interpretar. Assim também é a teologia, quem estuda tem que saber defini-la interpretá-la e construí-la. Ele diz que hoje no Brasil não tem muitos construtor de teologia, mas sim grandes interpretes e grandes teólogos com definições claras da teologia ortodoxa.

A teologia tem que ser explicativa e não cansativa. A teologia ela tem que ter uma avaliação de com vai o protestantismo hoje , dentro da reforma protestante, comparando a base, da igreja teologicamente.ex, teologia protestante. Reformada.
O negocio é que a teologia hoje no Brasil na o tem um rumo dentro de uma analise reformada.
Por isso construir uma teologia no Brasil hoje não é tarefa fácil, porque la no passado a teologia tinha um rumo mais certo por estar dentro da linhagem histórica.
Já no Brasil o movimento pentecostal é conhecido como o maior, movimento religioso do mundo. Ou pelo o mesno como um deles, mas a teologia dentro do pentecostalismo tomou outro rumo, com vários tipos de linhagens interpretativas.

Evangelicos , Evangelicais , Fundamentalistas

Ed Rene Kivitz

A agenda fundamentalista é avaliada pela capacidade de produzir igrejas de sucesso; já a ênfase evangelical é levar o Evangelho todo para o homem todo, através do serviço e da proclamação”

A origem e desenvolvimento do protestantismo brasileiro pode ser compreendida a partir de dois termos que voltam a ocupar a pauta de discussões relevantes na chamada Igreja Evangélica brasileira: evangelicalismo e fundamentalismo. O termo “evangelical” é um anglicanismo que originalmente equivaleria à totalidade dos cristãos que se identificaram com a Reforma Protestante do Século XVI. Por esta razão, muitas igrejas acrescentam ao seu nome o adjetivo “evangélico” como oposição a “católico”. Com o passar do tempo, o termo “evangelical” foi se distinguindo de “evangélico” – até o ponto em que se pode afirmar que todos os evangelicais são evangélicos, mas nem todos os evangélicos são evangelicais.

Já o termo fundamentalismo tem raiz histórica na Assembléia Geral da Igreja Presbiteriana Americana, realizada em 1910 em resposta ao liberalismo teológico europeu. Dali, saiu uma declaração de cinco fundamentos considerados inegociáveis à fé evangélica: os milagres, o nascimento virginal, a morte expiatória, a ressurreição de Cristo e a autoridade das Escrituras. Estes cinco pontos foram desdobrados em uma série de 12 livretos chamados de Os Fundamentos. A respeito dos fundamentalistas, também se pode dizer que todos eles são evangélicos, mas nem todos os evangélicos são fundamentalistas.


O período evangelical contemporâneo, isto é, a existência do evangelicalismo como movimento nascido dentro do segmento evangélico, tem início no Congresso Mundial de Evangelização, realizado em Berlim, na Alemanha, em 1966 – evento convocado, dirigido e patrocinado pela revista Christianity Today. Outro marco do movimento evangelical foi o Congresso Mundial de Evangelização, na cidade suíça de Lausanne, em 1974. Seu documento principal foi o Pacto de Lausanne, cujo relator foi teólogo britânico John Stott, mas teve a contribuição significativa de teólogos latino-americanos como Orlando Costas, Samuel Escobar e René Padilla. Desde então, o movimento evangelical está associado ao chamado “espírito de Lausanne”.

Na verdade, o Pacto de Lausanne resulta de um processo de aproximadamente três anos, cheio de conflitos internos, especialmente entre os evangelicais e os fundamentalistas norte-americanos, ligados à Escola de Crescimento da Igreja de Donald McGavran e Peter Wagner, que consideraram o Pacto progressista. De fato, os evangelicais criticaram o movimento fundamentalista em termos teológicos, ideológicos e estratégicos. René Padilla, em sua palestra A evangelização e o mundo, proferida em Lausanne, fez severas críticas ao imperialismo norte-americano e sua abordagem pragmática dos métodos de evangelização. Entre os contundentes questionamentos de Padilla estavam a rejeição do “princípio de unidades homogêneas” como base para a estratégia missionária da Igreja, considerado por ele mundano, pois impulsiona os seres humanos a serem cristãos sem cruzarem as barreiras que os separam; a condenação à identificação do cristianismo com o american way of life; a simplificação da conversão como mudança de religião, em detrimento da mensagem que exige uma completa reorientação da vida em relação a Deus ao próximo e à criação; e a afirmação da imprescindível relação entre evangelização e responsabilidade social.

Desde Berlim, o movimento evangelical se desenvolveu na América Latina especialmente através dos quatro Congressos Latino-Americanos de Evangelização, realizados entre 1969 e 2000 na Colômbia, no Peru e no Equador. No Brasil, o evangelicalismo ganhou força nas duas edições do Congressos Brasileiros de Evangelização (CBE), em 1983 e 2003, e no Congresso Nordestino de Evangelização, 1988. A atuação de instituições como a Fraternidade Teológica Latino-Americana (FTL), a Aliança Bíblica Universitária (ABU), o Centro Evangélico Brasileiro de Estudos Pastorais (Cebep), a Sociedade dos Estudantes de Teologia Evangélica (Sete), o Corpo de Psicólogos e Psiquiatras Cristãos (CPPC), a Visão Nacional de Evangelização (Vinde), a Visão Mundial e a Associação Evangélica Brasileira (AEVB) também foi determinante para a consolidação do movimento evangelical no país.


Os aspectos relevantes que distinguem o movimento evangelical do movimento fundamentalista podem ser classificados como teológicos, ideológicos e estratégicos. O fundamentalismo se articula com ênfase no discurso apologético dogmático, mais preocupado com a defesa da fé bíblica, notadamente a partir de uma leitura literalista, moralista e filosoficamente racionalista das Escrituras Sagradas. Isso acaba gerando uma postura inquisitorial, uma vez que sua identidade implica o combate violento a tudo e todos que compreende como inimigos da sã doutrina e da moral e dos bons costumes. O fundamentalismo é vítima da prepotência ocidental, que confunde Cristianismo com positivismo e evangelização com colonização, e pretende fazer com que a fé cristã seja equivalente à cultura do homem branco imperialista.

Já o movimento evangelical se articula prioritariamente a partir da realidade do Reino de Deus e busca compreender e vivenciar todas as implicações do Evangelho todo para o homem todo, proclamando a redenção integral do homem e suas circunstâncias – isto é, sua realidade social, política, cultural e espiritual, respeitando a pluralidade ética e cultural do Cristianismo histórico, desenvolvendo uma estratégia missionária com base na Bíblia como um documento ao mesmo tempo divino e humano, portanto carente de constante contextualização e releitura para cada geração. Isso ajuda a compreender porque o movimento evangelical é também identificado como movimento da missão integral da Igreja.

A partir disso, podemos identificar pelo menos duas agendas para a chamada Igreja Evangélica brasileira. A agenda fundamentalista está preocupada em descobrir métodos e metodologias capazes de apresentar uma mensagem e promover a adesão de pessoas às igrejas. Trata-se, sobretudo, de divulgar uma verdade conceitual que funcione como instrumento para tirar pessoas do mundo e levá-las para dentro das igrejas, que sobrevivem de eventos, programas e projetos voltados para o público interno, bem doutrinado e bem comportado, à espera do céu. Por outro lado, a agenda evangelical está ocupada em sinalizar historicamente a realidade do Reino de Deus, buscando identificar-se com o próximo em sua complexidade, visando à transformação da sociedade – ou, como preconizou Lausanne, levar “o Evangelho todo para o homem todo, para todos os homens”, através do serviço e da proclamação.


A primeira agenda é avaliada pela capacidade de produzir igrejas de sucesso; a segunda, parafraseando Robinson Cavalcanti, comprometida em manifestar aqui e agora a maior densidade possível do Reino de Deus que será consumado ali e além, de modo a oferecer ao mundo um anúncio profético do novo céu e da nova terra.

O Que É Um Arminiano?

John Wesley

1. Dizer “este homem é um arminiano” tem o mesmo efeito sobre muitas pessoas que dizer “este é um cachorro louco.” Elas se assustam imediatamente: elas fogem dele a toda a velocidade e determinação; e dificilmente irão parar, a menos que seja para atirar uma pedra no temeroso e perverso animal.

2. Quanto mais incompreensível a palavra seja, melhor ela responde o propósito. Aqueles em quem ela está colocada não sabem o que fazer: não entendendo o que significa, eles não podem dizer que defesa tomar, ou como se livrar da acusação. E não é fácil remover o preconceito que os outros têm assimilado, que não sabem nada dela a não ser que é “uma coisa muito má,” se não “tudo que é mau!”

3. Deixar claro o significado, por essa razão, deste termo ambíguo, pode ser útil a muitos: àqueles que tão livremente alfinetam este nome nos outros, que eles não possam dizer o que não entendem; àqueles que o ouvem, que eles não possam ser mais abusados por homens dizendo o que não sabem; e àqueles sobre quem o nome está colocado, que eles possam saber como responder a eles.

4. Pode ser necessário observar, primeiro, que muitos confundem arminianos com arianos. Mas esta é uma coisa inteiramente diferente; um não se parece com o outro. Um ariano é aquele que nega a Divindade de Cristo; nós nem precisamos afirmar, o supremo, a eterna Divindade; pois não há nenhum Deus senão o supremo, Deus eterno, a menos que façamos dois Deuses, um Deus maior e um Deus menor. Agora, ninguém jamais mais firmemente acreditou, ou mais fortemente afirmou, a Divindade de Cristo, do que muitos dos (assim chamados) arminianos; sim, e até hoje afirmam. O Arminianismo, por isso, (o que quer que seja) é totalmente diferente do Arianismo.

5. A origem da palavra é: JAMES HARMENS, em latim, Jacobes Arminius, primeiro foi um dos Ministros de Amsterdã, e depois Professor de Teologia em Leyden. Ele foi educado em Genebra; mas no ano de 1591 começou a duvidar dos princípios que ele tinha até então recebido. E estando cada vez mais convencido de que eles estavam errados, quando ele assumiu o cargo de professor, ele publicamente ensinava o que ele cria ser a verdade, até que, no ano de 1609, morreu em paz. Mas poucos anos depois de sua morte, alguns homens zelosos sob o comando do Príncipe de Orange, furiosamente agrediram todos que defendiam o que foram chamadas as opiniões de Arminius; e tendo conseguido condená-los solenemente, no famoso Sínodo de Dort, (não tão numeroso ou culto, mas tão imparcial quanto o Concílio ou Sínodo de Trento,) alguns foram postos à morte, alguns banidos, alguns presos por toda a vida, todos demitidos de seus empregos, e feitos incapazes de manter qualquer ofício, seja na Igreja ou no Estado.

6. Os erros que eles foram acusados (usualmente chamados arminianos) por seus oponentes, são cinco: (1.) Que eles negam o pecado original; (2.) Que eles negam a justificação pela fé; (3.) Que eles negam a predestinação absoluta; (4.) Que eles negam que a graça de Deus seja irresistível; e, (5.) Que eles afirmam que um crente possa cair da graça.

Em relação às duas primeiras destas acusações, eles alegaram que não eram culpados. Elas são inteiramente falsas. Nenhum homem que já viveu, nem o próprio João Calvino, jamais expressou o pecado original, ou a justificação pela fé, em termos expressos mais fortes e mais claros, do que Arminius. Estes dois pontos, por isso, estão fora de questão: estes, ambos os partidos concordam. Neste respeito, não há a mínima diferença entre o sr. Wesley e o sr. Whitefield.

7. Mas há uma diferença inegável entre os calvinistas e os arminianos, em consideração às três outras questões. Aqui eles se dividem; o primeiro acredita que a predestinação seja absoluta, o último, condicional. Os calvinistas defendem, primeiro, que Deus absolutamente decretou, desde toda a eternidade, salvar tais e tais pessoas, e ninguém mais; e que Cristo morreu por estes, e ninguém mais. Os arminianos defendem que Deus decretou, desde toda a eternidade, no tocante a tudo que está escrito na Palavra, “aquele que crer será salvo: aquele que não crer será condenado:” e, por isso, “Cristo morreu por todos, todos que estavam mortos em ofensas e pecados;” isto é, por todo filho de Adão, visto que “em Adão todos morrem.”

8. Os calvinistas defendem, em segundo lugar, que a graça salvadora de Deus é absolutamente irresistível; que ninguém é capaz de resisti-la, mais do que resistir à ação inesperada do relâmpago. Os arminianos defendem que, embora possa haver alguns momentos em que a graça de Deus aja irresistivelmente, todavia, no geral, qualquer um pode resistir, e isso para sua eterna ruína, a graça segundo a qual foi a vontade de Deus que ele devesse ter sido eternamente salvo.

9. Os calvinistas defendem, em terceiro lugar, que um verdadeiro crente em Cristo não pode possivelmente cair da graça. Os arminianos defendem que um verdadeiro crente pode “fazer naufrágio da fé e de uma boa consciência;” que ele pode cair, não apenas de modo vil, mas finalmente, de modo a perecer para sempre.

10. De fato, os dois últimos pontos, a graça irresistível e a perseverança infalível, são a conseqüência natural do primeiro, do decreto incondicional. Pois se Deus eterna e absolutamente decretou salvar tais e tais pessoas, segue, ambos, que eles não podem resistir sua graça salvadora, (de outra maneira eles podem perder a salvação,) e que eles não podem finalmente cair dessa graça que eles não podem resistir. De forma que, em efeito, as três questões se resumem em uma, “a predestinação é absoluta ou condicional?” Os arminianos acreditam que ela seja condicional; os calvinistas, que ela seja absoluta.

11. Fora, então, com toda ambigüidade! Fora com todas as expressões que somente confundem a causa! Deixe homens honestos se expressarem, e não brinquem com palavras difíceis que eles não entendem. E como pode alguém saber o que Arminius defendia aquele que nunca leu uma página sequer de seus escritos? Que ninguém grite contra os arminianos, até que ele saiba o que o termo significa; e então ele saberá que arminianos e calvinistas estão justamente em um nível. E os arminianos têm muito direito de estar indignados com os calvinistas, assim como os calvinistas têm de estar indignados com os arminianos. João Calvino era um homem piedoso, instruído, inteligente; e assim era James Harmens. Muitos calvinistas são homens piedosos, instruídos, inteligentes; e assim são muitos arminianos. A diferença é que o primeiro crê que a predestinação é absoluta; o último, que é condicional.

12. Uma palavra mais: não é o dever de todo pregador arminiano, primeiro, nunca, pública ou privadamente, usar a palavra calvinista como um termo de reprovação; visto que não é melhor nem pior do que apelidar? – uma prática não mais consistente com o bom senso ou as boas maneiras, do que é com o Cristianismo. Em segundo lugar, fazer tudo que estiver ao seu alcance para evitar que seus ouvintes façam isso, mostrando a eles o pecado e estupidez disso? E não é igualmente o dever de todo pregador calvinista, primeiro, nunca em público ou em particular, na pregação ou na conversa, usar a palavra arminiano como um termo de reprovação? Segundo, fazer tudo que estiver ao seu alcance para evitar que seus ouvintes façam isso, mostrando a eles o pecado e estupidez disto; e isto o mais ardente e diligentemente, se eles tivessem sido acostumados a agir dessa forma? Talvez encorajados nisto pelo seu próprio exemplo!


Amado(a), acima de tudo, faço votos por tua prosperidade e saúde,
assim como é próspera a tua alma. 3 Jo 2

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Rabiscos Para uma Liderança

A Igreja Evangélica Brasileira passa por uma crise sem precedentes, fato que pode ser facilmente constatado nos veículos de comunicação de massa, que estampam nossas mazelas em todo o país.
As recentes acusações públicas, envolvendo alguns líderes de destaque no cenário evangélico, são provas contundentes de que algo de grave está acontecendo entre nós.
Acredito que um dos fatores que tem minado a força do clero evangélico é a auto-suficiência, a noção de que são super-homens ou super-mulheres, que estão acima de qualquer dificuldade e que gozam de “cobertura espiritual” incondicional.
Por causa desta confiança exacerbada muitos entram em declínio espiritual, prejudicando a Igreja em que atuam como pastores ou pastoras, manifestando à sociedade um péssimo exemplo de cristianismo, trazendo descrédito para a mensagem do evangelho.
Desconfio que a origem das chagas que tomam conta de uma parte da liderança protestante está na ausência de preparo para desenvolver as funções do pastorado, e também a falta de cuidado pastoral para os que exercem o pastoreio.O que fazer então? Penso que é difícil em poucas linhas mapear os caminhos a serem seguidos para recuperar a credibilidade da liderança evangélica nacional, mas se houver cooperação sincera entre ministério pastoral e igreja, algumas ações são possíveis:
1. Diminuir a concentração de poder. Um (a) líder que deseja servir a Cristo com autenticidade não pode ter ganância pelo poder, e se tem boas intenções terá prazer em compartilhar suas funções e prerrogativas com outros (as) líderes qualificados (as), um ministério não pode circunscrever-se a uma única pessoa.
2. Abrir mão dos holofotes. Muitos (as) são os (as) que se perderam no caminho quando se acharam excessivamente importantes para o sucesso do movimento e transformaram ministérios em reino terreno, com projetos megalomaníacos envolvendo grandes somas de dinheiro.
3. Compartilhar medos, dores, traumas e ressentimentos. A comunidade não precisa de um Pastor (a) com super-poderes, e sim um ser humano que tem sentimentos e frustrações como qualquer outra pessoa. Mostrar fragilidade em certos momentos fortalece a figura do Pastor (a).
4. Amar, cuidar e zelar pela família. Não há nada mais importante para alguém que serve a causa do Reino do que estar com os seus em perfeita harmonia e sintonia. Cuidar da família é um dever bíblico de todo aquele (a) que almeja trabalhar para o Senhor. Se um Pastor (a) não consegue ver o rosto de Deus no sorriso maroto de seu filho (a) está em apuros.Se não consegue se surpreender com a beleza e sensualidade de sua esposa (o) está caminhando para a desgraça.
Portanto uma liderança eficaz, que cumpre seu propósito em cooperar com o Reino de Deus, além de refletir sobre as pistas expostas acima, deverá eleger como exemplo Jesus, que: abdicou do status de celebridade, abriu mão do poder mundano e de suas riquezas, se ausentou para estar perto de Deus, amou pecadores a ponto de sentar à mesa com eles em manifestação genuína de amizade, não teve medo de compartilhar sua dor e jamais cedeu a síndrome de homem de aço.

Lukas

Lobo Vestido de Cordeiro


Aew... Achei esse artigo super interessante.

Tomara que voces achem também, do Profº Isaias Lobão, Grande Homen de Deus. Quem quiser ver o blog dele também ta nos nossos links =D


Você deve conhecer aquela expressão proverbial lobo vestido de cordeiro.

Para mim, ela define bem o liberalismo teológico e seus congêneres pós-modernos.

O Liberalismo Teológico foi um desenvolvimento da teologia alemã posterior ao Iluminismo. Eles procuraram reconstruir a fé cristã à luz do conhecimento moderno.

Uma característica da teologia liberal era sua ênfase na liberdade que o pensador cristão possuía como indivíduo de criticar e reconstruir crenças tradicionais. Isso implicava numa rejeição da autoridade da tradição ou da hierarquia da igreja e do controle exercido por elas sobre a teologia.

A maioria dos teólogos liberais procurava basear a teologia em alguma outra fundação que não fosse a autoridade absoluta da Bíblia. Acreditavam que o dogma tradicional da inspiração sobrenatural das Escrituras havia sido irremediavelmente enfraquecido pela pesquisa histórico-crítica.

Reproduzo aqui no Blog o artigo do Dr. David Mills: Seja Justo com os Liberais: Como a visão de mundo afeta a comunhão. Este artigo é antigo e já circulou muitas vezes na minha caixa postal. Considero que ele continua atual e por isso estou divulgando seu conteúdo uma vez mais.

David Mills é Diretor de publicação da Trinity Episcopal School for Ministry e editor da revista acadêmica Mission & Ministry do seminário. Editou uma coletânea de ensaios dobre C. S. Lewis, The Pilgrim’s Guide: C. S. Lewis and the Art of Witness (Eerdmasn, 1998) e está trabalhando num volume da série titulado Woth Doing Badly: G. K. Chesterton and the Art of Witness. É também o editor chefe da Touchstone Magazine e o correspondente americano da revista inglesa New Directions.

“Seja justo com os liberais” (Be Fair to the Liberals) apareceu na edição de dezembro de 1998 da revista Chronicles: A Magazine of American Culture. Artigo traduzido por Marcos Vasconcelos — Recife, 24 de agosto de 2003.

Depois de alguns anos de combate eclesiástico (na trincheira Episcopal), eu acho que sei por que muitos cristãos conservadores não respondem ao liberalismo com tanta força quanto era de se esperar. Eles acham que os liberais estão apenas fazendo de conta. Que eles sabem das regras mas que, como crianças mimadas e voluntariosas decidiram jogar com as regras que melhor conhecem. Por estarem apenas fingido tudo de que precisam e ser exprobrados por seu comportamento, e se isso não funcionar, os conservadores podem tentar modificar as regras e as estruturas das suas igrejas para impedir que os liberais continuem a violar às regras.

Um amigo evangélico disse-me recentemente o que desejaria dizer ao bispo John Spong e seus aliados: “OK, tudo bem. Creia no que quiser, mas não se chame de cristão. Você não pode ser membro do clube sem ter que pagar algumas obrigações, e a obrigação básica é crer. Entre logo, ou caia fora, mas deixe de enlamear a água”. Registra-se que Fabian Bruskewitz, o bispo de Lincoln, em Nebraska, disse que a “diferença entre um católico dissidente e um protestante, é que o protestante possui integridade”.

Na verdade isso não seria justo para com a maioria dos liberais. Admito que seja irritante quando alguém que tem vivido da igreja numa boa declara a sua rejeição por mais uma das suas doutrinas, e louva a si mesmo por sua coragem profética diante do aplauso de repórteres irreligiosos e de editores que espalham aos seus pés contratos para a edição de livros. Ainda mais repugnante é quando teólogos bem de vida e paus-d’água escarnecem do Papa por sua suposta compreensão simplista dos problemas da sociedade moderna ou quando (como tem ocorrido na Igreja Episcopal) feministas vitalícias vêm a público tachar como “maligno” um bispo que em bases bíblicas hesita ordenar mulheres.

Nada obstante, temos que ser justos com os liberais e tentar ver as coisas do seu ponto de vista, não apenas como uma cortesia devida a qualquer oponente, mas para saber o que fazer com eles. A maioria dos liberais não está brincado. Eles estão jogando dentro das regras e jogando honestamente. Eles estão agindo com integridade. Isso é o problema.

O que crêem os liberais

Deixe-me explicar. Os liberais (a denominação usual, mas com certeza insatisfatória, para a obscuro coletânea de céticos, relativistas, ideólogos e sentimentalistas ajuntados principalmente por se oporem às mesmas coisas) crêem que a verdade evolui, cresce e muda, ou que, pelo menos, a nossa compreensão da verdade evolui de modo tão radical que as certezas anteriores podem ser substituídas por novas e contraditórias verdades. Crêem que o que tem sido, mesmo o consolidado, pode não ser mais, ou que não se sustentará por muito tempo.

A maneira de explicarem essa evolução difere. Alguns crêem que estão resgatando as verdades da tradição cristã (a igualdade entre homens e mulheres, por exemplo) dos seus erros (a primazia dos homens). Alguns acreditam que estão resgatando as verdades existentes na tradição cristã dos erros que lhe foram impostos (aplica-se o mesmo exemplo). Outros crêem que a Bíblia e a tradição foram tentativas historicamente limitadas de falar das realidades religiosas fundamentais e desejam expressar essas realidades fundamentais de uma forma mais moderna e relevante. Outros crêem que não existe nenhuma verdade na ou sob a tradição cristã e que temos, portanto, de reinventar a Igreja na medida em que cooperamos com ou a serviço dos ideais e desejos que temos, quaisquer que sejam eles.

Há ainda os que acreditam ter recuperado a própria fé original, a religião do Jesus amoroso, inclusivo, que não julgava ninguém e aceitava todo mundo (com a exceção dos protocapitalistas e dos religiosos tradicionalistas da época), cuja mensagem de tolerância foi distorcida pelo farisaico Paulo e cuja história foi reescrita por líderes eclesiásticos misóginos, racistas e homofóbicos posteriores, de sorte que pudessem continuar a oprimir a mulheres, negros e homossexuais.

Não importa como expliquem a evolução, os liberais têm sempre que chegar à conclusão de que a tradição cristão tem pouca autoridade formativa e nenhuma autoridade para ser obedecida, e que as novas verdades que vislumbram têm de substituir aquelas ainda asseveradas pelos cristãos ortodoxos. A ortodoxia, na melhor das hipóteses, está fora de moda — mas é perigosa e não tão divertida. Não é pitoresca: é uma inimiga do bem, de Deus e da liberdade e liberação humanas.

Se estiverem certos, aqueles que não podem ou não querem explorar áreas anteriormente proibidas nem arriscar a perda de todas as certezas, que não se abrem aos novos movimentos do Espírito Santo, que querem se apegar ao sentido pleno de textos antigos, e que se estribam na tradição da igreja para que lhes diga o que disser, não têm o direito de definir a doutrina e a disciplina da igreja. Não se pode permitir aos que laboram em erro que limitem a crença aceitável àquilo que em dias menos complicados era chamado de “ortodoxia”. Certamente não se pode lhes permitir que expulsem os liberais nem mesmo que os restrinja ou iniba.

Conservadores confusos

Os conservadores cristãos às vezes ficam confusos porque todos os cinco tipos de liberais tendem a manter as formas tradicionais (verbais e estruturais) da religião. Os liberais estão sendo perfeitamente razoáveis ao utilizá-las no mesmo instante em que rejeitam o conteúdo que anteriormente possuíam.

O povo gosta de liturgia e sente a necessidade de elevar orações a algo que esteja acima de si; uma hierarquia é um bom modo de se administrar uma igreja, especialmente se você chegou no topo; aquelas velhas doutrinas são metáforas úteis; as histórias bíblicas dão boas ilustrações; doutrina e história fazem parte da herança e portanto confortam os anciãos; os edifícios são belos, e é financeiramente compensador. Tal deferência para com a tradição, claro, é algumas vezes conveniente. Por exemplo, quando bispos que não dão a mínima para o que os pais da igreja disseram sobre a ordenação ou a moralidade defendem o intrometimento na vida de seus paroquianos ao apelarem para o conhecimento patrístico do bispo (ou àquilo que pensam ser o conhecimento patrístico).

Os liberais atuam geralmente a partir de um tipo de conservadorismo. Ao perceberem que a tradição é portadora da nossa memória comum e que assegura a nossa identidade como comunidade, eles acham que os cristãos modernos podem manter a liturgia patrística e a ordem hierárquica e até mesmo as afirmações doutrinais do Credo Niceno, ao mesmo tempo em que crêem que Jesus é apenas um caminho para o deus percebido vaga e incompletamente por todas as religiões, inclusive a nossa, ou enquanto ignoram o ensinamento moral específico da Bíblia em favor de um mandado generalizado para amar, ou rejeitam o ensinamento paulino da primazia pela leitura equivocada de Gálatas 3:23.

O liberal seria tolo se abrisse mão das grandes vantagens de ser membro de uma antiga, rica e respeitada denominação só porque ele sabe mais que os outros membros da sua igreja os quais, segundo a sua natureza, são normalmente complacentes, ignorantes ou reacionários. Afinal de contas a igreja é deles tanto quanto dele.

Para os cristãos liberais, a sua igreja é a instituição terrena que leva adiante esse processo de descoberta, evolução e crescimento, e que, portanto, devem permanecer nela com uma clara consciência. Do seu ponto de vista não precisam deixar a igreja só porque “seguem na frente” de uma compreensão mitológica da realidade codificada no seu passado, conhecida agora, como inadequada ou equivocada, por uma vanguarda iluminada de seus membros (eles mesmos). Na verdade, se estiverem certos, devem permanecer na igreja para usarem o seu status, riqueza e autoridade para trazerem mais membros à iluminação. Ao ajudarem a igreja a ver novas verdades crêem que estão ajudando-na a limpar as águas, não a enlameá-las. Ao aceitarem novas verdades, mesmo ao custo da perda de velhas certezas, eles estão agindo com integridade.

Isso agora faz sentido. É lógico e se encaixa nos fatos. Pode-se crer nisso. Aceite a premissa de que a verdade evolui e cresce e você poderá inovar e rejeitar o tanto que quiser sem a necessidade de modificar as suas lealdades institucionais. Você pode ser um Episcopal, Presbiteriano ou Católico-romano leal mesmo rejeitando parcial ou totalmente aquilo que os seus predecessores sustentaram, pois você tem um melhor conhecimento que o deles, ou vive em uma era diferente da que eles viveram. Os liberais estão sendo perfeitamente lógicos e agindo com completa integridade ao recusarem deixar as suas igrejas somente porque não aceitam alguns ou todos os seus ensinamentos tradicionais.

O problema

O liberalismo cético tem, portanto, uma integridade toda sua. Os liberais não estão fazendo de conta, estão pelejando por uma visão de mundo alternativa com as armas que têm à mão. É uma posição embasada num princípio. O problema — que muitos conservadores não vêem ou não querem ver — é que esse liberalismo de princípio existe dentro das mesmas igrejas onde igualmente existe uma ortodoxia de princípio diferente, e as igrejas não são meras coleções de pessoas diferentes, mas a comunhão de certas regras, deveres e objetivos comuns que não permitem diferenças tais e tão profundas entre regras, deveres e objetivos.

Uma igreja não é um clube no qual um barão ladravaz e um comunista podem conversar genialmente sobre baseball ou sobre o clima, tampouco um grande prado onde ovelhas e bodes pastam juntos sem perturbar um ao outro. Na figura liberal da igreja, que tantos conservadores têm aceito, a comunidade é mais essencial do que a doutrina. A igreja se parece mais com uma time que precisa vestir o mesmo uniforme, participar dos mesmos jogos e encestar na mesma cesta. Pode ser um time muito ruim, cujos jogadores quase sempre se esquecem das jogadas e detestam passar a bola, mas ela tem que ser um time.

Isso está expresso na imagem que o Novo Testamento faz da igreja como o Corpo de Cristo. Uma igreja é um corpo, não um monte de braços, pernas, tórax e cabeças espalhados pela sala. É um corpo projetado para se mover, e movimento exige que haja unidade e coordenação das partes. Tem de haver uma Cabeça á quem todos os membros obedecem em coordenação uns com os outros. A crença de que a igreja é uma coleção de pessoas que obedecem apenas a si mesmas assume que cada joelho pode fazer o que quiser, e o pé pode fazer o que quiser, e o corpo ainda assim caminha.

O sentido para os cristãos ortodoxos

A integridade do liberalismo significa que ao passo que os cristãos ortodoxos devem respeitar alguns liberais mais do que respeitavam antes, devem também apartar-se deles muito mais profundamente. Ou, mais exatamente, devem reconhecer a divisão que as suas diferenças de princípio criam. Eclesiásticos liberais não estão fingindo para poderem ser constrangidos em público e ignorados até que se arrependam, assim como crianças de maus modos. Antes, são soldados de um exército antagônico com ordens de tomar o terreno que nos foi dado junto com a ordem para que o defendamos.

É por isso que os cristãos ortodoxos têm de compreender a natureza da comunhão e saber aquilo que eles estão dizendo e fazendo ao permanecerem em comunhão com os que são tão fundamentalmente contrários à revelação cristã. Falando claro: como podem se assentar à mesa do Senhor com os que não crêem no Senhor, ou que dizem crer nEle mas que não crêem naquilo que Ele ou Seus porta-vozes autorizados dizem? Quebrar a comunhão é simplesmente conceder aos cristãos liberais a grande gentileza de os levar a sério e de acreditar que o que intentam é mesmo aquilo que afirmam. (É uma gentileza que alguns deles, é claro, podem não desejar).

Os liberais não estão confusos, não são ignorantes, não estão enganados nem fazem de conta: estão comprometidos com o entendimento coerente e completo daquilo que significa ser um cristão. Tal fé não é ortodoxa. O problema não é que os liberais tiram conclusões equivocadas dos postulados e princípios que partilham com os que se mantêm fiéis à tradição cristã; o problema é que mantêm postulados e princípios diferentes e incompatíveis e agem e falam de acordo com isso.

Em sendo assim, os cristãos ortodoxos não podem simplesmente declarar que os liberais devem somente ser honestos sobre o seu ceticismo e deixar a igreja, e então (quando não a deixam) continuam a levar as suas vidas jungidas perversamente à deles na intimidade da comunhão. A única coisa a fazer com os liberais é respeitá-los por suas convicções, e, por essas mesmas convicções, excomungá-los.

Isaias Lobão